terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Palestra "Saúde Emocional" fecha evento na CABESP / São Paulo


"Agradeço por você ter honrado minha confiança fazendo 
uma apresentação digna de um grande profissional.

O resultado da palestra foi muito positiva, contagiou nossos colaboradores e 
gerou uma semente de melhoria dos valores profissionais de cada participante.

Um grande Abraço e mais uma vez muito obrigado pela parceria."

(Raul da Silva Vale Júnior | Coordenação Recursos Humanos | CABESP - São Paulo)

Encerrando evento na Ferro+ em Congonhas/MG

Palestrante Thiago Muniz

Foram só elogios! Fechamos o evento com Chave de Ouro.
Conseguiu  prendeu a atenção da plateia do inicio ao fim. Um ótimo palestrante, Parabéns!

(Vera Lúcia Dantas Santos | Grupo J.Mendes - Ferro+ | Congonhas MG)

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Palestra na EMAP - Porto do Itaqui - São Luís / MA

Palestrante Thiago Muniz

Palestra Motivacional na EMAP 

No exato momento que encerrei a palestra na EMAP - Porto do Itaqui em São Luís/MA, o Presidente da empresa sobe no palco para me abraçar. Devido a postura da maioria em manter o "status", isso é raro de se ver. Muito feliz e honrado por essa experiência.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Não ensino tudo que sei

Artigo Thiago Muniz


Não ensino tudo que sei!

por Thiago Muniz (www.thiagomuniz.com.br)


Moura era uma dessas pessoas cheio de "verniz" social, com aquela pinta de gente boa, que anda pelos corredores da empresa dando um tapinha nas costas de todos.
No universo "caleidoscopiano" a inofensividade trás uma das máscaras - dos jogos vorazes da vida - mais ardilosa e perigosa no campo dos relacionamentos.

Esse jovem senhor, já na posição de gestor, tinha uma sede vampiresca por conhecimento. Ops! Deixa-me fazer aqui um pequeno complemento: sede por carreira!
"Gente boa", uníssomo comum soprado nos quatro cantos daquela promissora organização.
Moura tinha uma poderosa proatividade que às vezes mais parecia habilidades paranormais, já que estava sempre presente no momento que alguém se perdia nas perigosas curvas das ações duvidosas, que para ele cheirava de longe risco de insucessos e possíveis acidentes ou incidentes.

Muitos achavam que ele possui um tipo de raio-x divino. Não! Não era isso! A mente insaciável desse promissor profissional, não se contentava somente com a operacionalidade das máquinas daquela indústria, adquirida em dezenas de cursos e outras certificações. Moura estudava com olhar cirúrgico o balé 
das engrenagens e vamos dizer todo o sistema inteligente que habitavam o interior das variadas e complexas estruturas de produção.

Fez isso por anos! E se tornou um tipo de mago da produção. Era comum ver ele parando nos corredores dos enormes galpões, silenciando por segundos e depois indo em direção de determinada máquina que estava vários metros de distância para alertar o operador que estava na hora de fazer uma manutenção preventiva. 

- Moura? Tem certeza? - questionavam os mais duvidosos.

O mestre das engrenagens, desmontava o equipamento e encontrava uma peça que não duraria mais um dia.
Alguns mais exagerados afirmavam que ele era capaz de com um simples olhar, descobrir o que as pessoas estavam pensando. 

Claro que absurdos não faltavam, já que o veneravam com um tipo de Deus na arte em que dominava.
No entanto esse aparente cenário de profissional perfeitinho, camuflava com maestria um lado obscuro de nossa personagem: a centralização do conhecimento


"O conhecimento chega, mas a sabedoria demora."
( Alfred Tennyson)

Moura iria ser promovido e transferido para outra unidade. 

Finalmente tinha alcançado seu maior objetivo. Deixaria aquele mundinho de operadores que ele de uns tempos pra cá já tratava com certo desprezo e ganharia uma sala diferenciada na hierarquia dos gerentes gerais que gozavam de inúmeros benefícios que ele valorizava mais do que os próprios admiradores que ele havia conquistado.
No entanto uma ordem de cima foi dada: teria que durante 3 meses treinar uma equipe de encarregados para assumir o controle do setor que estava deixando.

A ordem era bem clara: "Ensinar com totalidade!".

Moura teria que, na sua forma de ver, despejar duas décadas de seu diamante mais precioso - seu raro conhecimento - de graça!

O futuro Gerente Geral, tinha algumas perigosas teorias do mundo corporativo, como:
1- Devemos trabalhar em equipe, mas para você subir um degrau a cima é cada um por si.
2 - Há alguns conhecimentos que são o "santo graal" de um homem, jamais deve ser revelado, se você quiser manter o poder.
3 - No mundo corporativo não existe favor, existe interesse! Tudo que fiz foi para exclusivamente chegar no topo.

Os três meses foram de intensa semeadura dos conhecimentos mais profundos de seu precioso baú de mente de mestre.
No entanto, Moura, ocultou o que ele chamava de alquimia do mago. Jamais! Em nenhuma hipótese ele ensinaria alguns macetes que o tornavam o tal mestre poderoso como era venerado. Iria manter essa imagem e assim seria!

Alguns meses se passaram depois desse episódio e era perceptível a mudança no estilo de vida de Moura. Passou a limitar seus relacionamentos somente com pessoas economicamente viáveis no seu ponto de vista. Carro de luxo. Casa em bairro nobre e assim Moura passou a escrever o novo capítulo em sua história, dizendo a todo momento que havia finalmente conquistado a felicidade.

Contudo, a vida no seu caminhar dinâmico, responde ações e também omissões. As leis que regem esse universo retornar o grito e o silêncio. Há movimento em tudo e a vida não pede licença quando segue seu curso. Não há como pular fora do mecanismo constante e absoluto de causas e efeitos.

Não passou muito tempo e aquele telefonema naquela tarde histórica daria início ao caos que em breve se instalaria em sua profunda consciência.

A ligação vinha da unidade que tinha deixado. Motivo: um grave acidente. Ficou pálido. Um filme passou em sua mente. Grande parte da diretoria e gerência se deslocaram até lá. Moura também.

Encontraram um cenário desolador. Uma vida tinha se perdido de forma trágica, dolorida.
Não conseguia respirar direito. Moura olhava para o nada. Uma das pessoas que ele mais admirava despediu-se ali sem que ele pudesse fazer nada. Ou poderia?
Concentrou-se. Procurou achar um sentido para tudo. O ar estava pesado. Era um peso diferente. Sentiu frio e o silêncio imperou. Olhou para os destroços da máquina que conhecia perfeitamente. Teve medo, mas um súbito momento de verdade comandou sua perspicaz observação. Sabia da grande possibilidade de encontrar a foice que ceifaria seu coração, sua dignidade. Não demorou muito tempo e o que seus olhos viram fez ele cambalear. Voltou no tempo. Se viu na sala de treinamento, no dia em que resolveu não compartilhar sua 
maestria na identificação de problemas técnicos somente através do som de engrenagens e peças. Perdeu a voz, sua visão turvou-se e suas lágrimas pareciam dilacerar seu peito. 
Identificou uma peça com um desgaste considerável e, o tempo naquele momento parou. Os segundos congelaram. Tudo tinha se tornado sombrio, escuro e a única palavra que já tinha iniciado um cruel processo de tortura era: Assassino! Até uma hora atrás, o conhecimento para ele era sinônimo de Poder! Mas agora, era sinônimo de podridão, de inferioridade, de repugnância. Levantou, continuou em silêncio e foi embora.

Moura, dias depois, se desligou da empresa. Passou um bom tempo sem conseguir olhar para si mesmo. Foram meses tentando encontrar a bússola para seus passos. Se conduziu nos recônditos poucos trilhados de seu coração. Se aperfeiçoou mais nos estudos e certo dia se candidatou a uma vaga de professor em uma escola profissionalizante. E o tempo passou...

Hoje, vemos Moura, em uma sala de aula, rodeado de aprendizes sedentos de conhecimento, e nosso personagem, um incansável professor, que vive repetindo todos os dias, que fará de tudo para que seus alunos se tornem melhores do que ele. 

Se via um homem vestido da melhor grife que nunca cairá da moda: a simplicidade. Novos tempos!

Moura finalmente tinha encontrado a alquimia da felicidade dentro dele. A tarefa de servir!

Palestrante Thiago Muniz

Sobre o autor:

[Thiago Muniz], palestrante, professor, consultor, ator, tendo já falado para mais de 350 mil pessoas, iniciando cedo sua carreira. Aos 22 anos de idade já viajava por todo o Brasil, sendo um dos primeiros a lançar no mercado, palestras teatrais. Um dos palestrantes mais contratados para falar de Comportamento Seguro e Saúde Emocional.
Com 20 anos de experiência como Professor, já falou para empresas como: Vale, Unilever, Petrobrás, Telefônica, Votorantim, USP, UFRJ, Gerdau, Sebrae e outros.
Por sua facilidade em criar ferramentas para prender a atenção do público em palestras, já contracenou com sua própria imagem projetada, criou esquetes teatrais sendo contratado para atuar no palco juntamente com outros palestrantes como Tom Coelho, Rodrigo Cardoso, Christian Barbosa e outros.

Sua expertise em temas comportamentais (relacionamentos, motivação, liderança, inteligência emocional, atendimento, senso de equipe e outros) e mais suas habilidades cênicas e interatividade, têm o posicionado sempre a abrir ou encerrar eventos com seu toque de humor inteligente.
Atualmente uma das palestras mais contratadas é “Apaixone-se por você” , “Toque de Líder” , "As emoções não usam EPIs" e o "Pensamento C.U.I.DA.R.". Para conhecer mais sobre o palestrante acesse: www.thiagomuniz.com.br

terça-feira, 18 de março de 2014

Se acidentou por estar "protegido" demais.

Palestra Motivacional

Se acidentou por estar "protegido" demais.

por Thiago Muniz (www.thiagomuniz.com.br)


Que absurdo!!!!!

O título desse artigo quase que estrangula o preceito de segurança que reza a campanha "de que quanto mais seguro melhor!".

No entanto "estar protegido" pode ser uma filosofia que se permite sofrer mutações quando a bandeira da lealdade a certos princípios e valores se curva antes as modificações dos cenários da vida, principalmente quando é de ordem comportamental.

Euzébio Mendes, operário de longa data de um conceituada refinaria, demorou para cravar o brilho de sua autoridade no campo áspero e sinuoso das opiniões alheias. Quando a competitividade converge em um rio ácido de inveja, os que se destacam nessa corrida são alvos dos "corvos agorentos" que torcem pela queda daqueles que são o orgulho da empresa.

Mendes era o modelo de obediência na empresa. É nítido que tinha conquistado a admiração dos que sabem apreciar um profissional dedicado, um sujeito que se podia afirmar que era o comprometimento em pessoa.

No entanto, Mendes com o passar dos anos, não percebeu que estava perdendo a destreza em administrar o alto nível de conhecimento que tinha. Aos poucos foi nascendo uma outra pessoa dentro dele que mal sabia o futuro que aguardava tal mudança.

O veneno do mal quando atirado do mundo para nós, causa geralmente impactos que são percebidos no mesmo instante. No entanto a humanidade é arrastada para um mal muito mais desastroso, cuja mutação é feita de modo disfarçado e lentamente no campo da nossa mente. Fica fácil de entender essa teoria quando por exemplo, se estuda e analisa o caleidoscópio sutil e ardiloso da depressão. Mas esse não foi o mal de Mendes.

O experiente operário, se sentia sempre desafiado a mostrar o que era capaz, resultado de longa data de erros e acertos, o que lhe transformou em uma biblioteca de técnicas, macetes, estratégias, percepções fantásticas e soluções criativas.

Nessa mistura poderosa que inflama qualquer ego, Mendes mudou!

Não, não era tão perceptível assim! Tanto que o próprio dito cujo não percebeu, pois acreditou que todo esse pensamento sobre si mesmo - de ser muito bom no que faz - era tido como uma injeção constante em sua auto-estima. Isso lhe fazia muito bem.
Porém quando começou a a ignorar as ideias dos companheiros de trabalho, pois ele encontrava o problema em poucos segundos, despontou um estranho Mendes, que mesmo assim era recebido com aplausos.

Monstros não são tão fictícios assim. Monstro é a degeneração da essência! Uma palavra forte que serve para simbolizar um fato letal, que pode ser causado por algo microscópico, como um vírus.

Tornou-se impaciente.
Postura de pouca tolerância a erros.
Olhar de descrédito para os colegas.
Sorriso sarcástico quando alguém queria se destacar.

Criou um séquito de bajuladores, que ele desprezava. Fez nascer no coração de muitos um sentimento de inconformidade, mas que era abafado pelo medo de perder humilhantemente a briga.
E assim os anos se passaram e o grande Mendes solidificou o seu reinado.

No entanto, há uma lei soberana, que rege todas as ações humanas e um sistema quando não expurga seu veneno, passa a se alimentar dele. Se corrompe e se autodestrói.

Mendes conhecia todos os processos, normas, regras que se pode imaginar, muitas delas era capaz de ditar com todas as palavras e vírgulas.
Havia uma máquina que de tempos em tempos entrava num tipo de colapso e se autodesregulava. Ninguém mexia. O mestre sabia dizer quantos parafusos aquele maquinário tinha. Com uma sequência um pouco complexa de ajustes e tudo se normalizava.

A história se repetia assim: Mendes fazia seu toque de curandeiro poderoso, aguardava normalizar e conferia com um teste.
Em 25 anos de experiência, todos os testes após os ajustes foram positivos!

O operário mestre naquele dia tinha muitas tarefas para serem concretizadas e já tinha desenhado na mente um cronograma perfeito, para quando terminar, ter o tempo suficiente para chegar em seu compromisso inadiável fora do expediente.
Aquele "Teste" alteraria muito o seu planejamento, pois iria consumir 40 minutos do seu precioso tempo. Tempo para seu compromisso! Tempo para seu momento especial! Tempo sem possibilidades de negociação. O tempo seu e de mais ninguém!

Pulou a etapa do teste. Começou a refletir a quantidade de tempo desperdiçada em 25 anos de teste inútil! Se era o melhor no que fazia, o que temer?

Colocou a máquina para funcionar (sem o danado do teste). Deu 4 passos se distanciando e o que se ouviu seria comentado por anos como o som mais horrível e triste que alguém já tinha ouvido por toda a vida. Há músicas inesquecíveis, mas a vida também reserva sons que dilaceram os corações mais duros.
Há sons que celebram o nascer de uma vida, e o que se lastimava era saber que independente de que ser humano era, aquele som anunciava a despedida de uma alma.

Pior que os destroços que se misturava aos lamentos, era montar as peças para entender o porquê de tudo aquilo.

Eusébio Mendes, se sentia protegido, mas morreu por estar "protegido" demais. Uma proteção que ele criou em sua mente, que na verdade era o que tinha deixado-o vulnerável.

Ficou uma eterna lição para todos daquela redondeza:

"Que para o aprendiz se tornar mestre, 
é preciso que o mestre dentro dele se torne aprendiz, 
na lição diária da humildade".

Thiago Muniz

Sobre o autor:

[Thiago Muniz], palestrante, professor, consultor, ator, tendo já falado para mais de 350 mil pessoas, iniciando cedo sua carreira. Aos 22 anos de idade já viajava por todo o Brasil, sendo um dos primeiros a lançar no mercado, palestras teatrais. Um dos palestrantes mais contratados para falar de Comportamento Seguro.
Com 20 anos de experiência como Professor, já falou para empresas como: Vale, Unilever, Petrobrás, Telefônica, Votorantim, USP, UFRJ, Gerdau, Sebrae e outros.
Por sua facilidade em criar ferramentas para prender a atenção do público em palestras, já contracenou com sua própria imagem projetada, criou esquetes teatrais sendo contratado para atuar no palco juntamente com outros palestrantes como Tom Coelho, Rodrigo Cardoso, Christian Barbosa e outros.

Sua expertise em temas comportamentais (relacionamentos, motivação, liderança, inteligência emocional, atendimento, senso de equipe e outros) e mais suas habilidades cênicas e interatividade, têm o posicionado sempre a abrir ou encerrar eventos com seu toque de humor inteligente.
Atualmente uma das palestras mais contratadas é “Apaixone-se por você” , “Toque de Líder” , "As emoções não usam EPIs" e o "Pensamento C.U.I.DA.R.". Para conhecer mais sobre o palestrante acesse: www.thiagomuniz.com.br